quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fungos que produzem substâncias tóxicas e alucinógenas


1) Gênero Gyromytra: (Família Helvellaceae, Classe Ascomycetes, Filo Ascomycotes). Seu corpo de frutificação é grande e muito lobado, com forma de cérebro. Visualmente é difícil fazer uma distinção entre esse gênero e o gênero Helvella (“fungos com sela”). Conseqüentemente ocorrem confusões taxonômicas na classificação dos dois gêneros.Gyromytra esculenta e Gyromytra gigas (G. montana) são grandes, podendo atingir alturas de até 12 cm.

Fonte:Google
Algumas pessoas comem fungos do gênero Helvella e Gyromytra e os acham deliciosos. Outras, ao se alimentarem desses fungos, morrem. Um caso de morte em massa envolvendo o consumo de G.esculenta foi relatado na Normandia, França, onde pelo menos 17 pessoas que consumiram o corpo de frutificação desses fungos ficaram gravemente doentes.
Como a toxina, giromitrina, é insolúvel em água, alguns recomendam que esses fungos sejam fervidos (por longos tempos) e que o líquido seja descartado, para que possam servir como alimento. Por outro lado, parte do sabor é perdido com esse processo. Além disso, esse método não é completamente seguro. Embora não recomendado, pessoas da costa oeste dos EUA continuamente se alimentam desses fungos.A giromitrina é formada por monometilhidrazina (MMH), uma substância incolor, hidrossolúvel, altamente tóxica, muito volátil (é usada para impulsionar foguetes na NASA) e carcinogênica. Desse modo, a linha divisória entre a dose mortal e a dose segura é muito pequena. Após o consumo, os sintomas aparecem após duas a quatro horas, incluindo dores de cabeça, dores abdominais, diarréia e vômitos, que muitas vezes resultam em morte.
2) Gênero Amanita (Família Amanitaceae, ordem Agaricales, Filo Basidiomycota).

Fonte:Google
Esses fungos apresentam polipeptídeos tóxicos como amatoxinas, faloidinas e virotoxinas. Apenas as amatoxinas estão envolvidas na maior parte dos envenenamentos, já que as faloidinas quase não passam pela parede intestinal. As faloidinas ligam-se especificamente à actina, causando, quando em contato com a corrente sanguínea, parada cárdio respiratória. As amatoxinas costumam ser inibidores específicos da RNA-polimerase (alpha-amanitina) encontrada em todos os eucariontes. Embora as amatoxinas apresentem esse efeito letal sobre os outros organismos, a RNA polimerase do fungo não é afetada.
3) Claviceps purpurea:"o esporão do centeio".
É um ascomiceto que vive parasitando geralmente as espigas do centeio, mas pode parasitar outros cereais e gramíneas. 
Fonte:Google

Durante a floração do centeio, ocorrem dois fenômenos, o primeiro é que as fibras micelianas da cravagem ocupam totalmente o ovário do vegetal. O outro fenômeno é que as fibras do micélio se emaranham e exteriorizam pequenos conídios que secretam um líquido claro e açucarado cuja função é atrair insetos que disseminam o cogumelo.
Esses conídios crescem formando o esclerócio ou cravagem. Durante a ceifa, esses esclerócios caem no solo e deles nascem pequenas frutificações que, na primavera, lançarão esporos sobre as novas espigas de centeio. Caso esse centeio contaminado seja utilizado para a confecção de produtos alimentícios, pão ou cerveja, esses alimentos não podem ser consumidos pelo o homem sob o risco de intoxicação. A doença causada pela cravagem do centeio é chamada de Ergotismo - pois cravagem em francês é Ergot - ou de Fogo de Santo Antônio, visto que era esta ordem que mais tratou dos pacientes, quando a doença se apresenta na forma gangrenosa. Acredita-se que o ergotismo seja uma das principais causas de baixa fertilidade durante a Idade Média e que na França, no ano de 994, tenha causado a morte de pelo menos 40.000 pessoas. Vale lembrar que a última grande epidemia ocorreu na Rússia nos anos de 1926/27.
Fonte:http://www.terra.com.br/saude/especiais/drogas/drogas_lsd.htm).

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